Colaboradores

segunda-feira, 30 de junho de 2008


Após passada a XX semana "Luiz Antônio Martinez Correa" até me arrependi dá maneira que tratei num post passado, dizendo que "se valesse a pena" eu postaria algo sobre a semana, enfim, havia me esquecido da qualidade da semana Luiz Antônio. Gente, não tenho nem como descrever; fui ver a abertura em que fizeram uma pequeno culto a Dioniso entre outras figuras expressivas do teatro como Arlequim, enfim passaram pelas épocas: clássica, dell´ arte, moderna e contemporânea, chegando à Praça Pedro de Toledo nos deparamos com um ônibus já em posição para apresentar: era o grupo As Graças, um grupo retirante que estava lá, literalmente para mostrar a sua graça, na peça "Nas rodas do coração". Depois num outro dia foi ver a montagem do grupo Armazém para a tragédia carioca nelson rodriguiana "Toda nudez será castigada", que foi simplesmente perfeita, a que mais me suprendeu e tirou o fôlego de todas as seis que assisti ao longo da semana. O grupo carioca revelou o porquê de estarem a tanto tempo atuante (cerca de vinte ou trinta anos me parece), nota mil para atuação, iluminação e principalmente cenografia que estavam esplêndidos.

Outra espetáculo que me deixou a ponta de chorar e que deu até um aperto no coração quando ia chegando ao fim foi "Taniko- O rito do mar" encenado pelo grupo Uzina Uzona e dirigido pelo insano (e mais gentil que eu imaginava) Zé Celso. O diretor, depois do espetáculo, levou o público até uma parte externa do sesc, onde se passava a peça, e lá havia uma fogueira posta e aqueles que se interessaram puderam juntamente com ele e todo elenco entoar cantos de festa junina, indígenas, além de curtir os poemas improvisados por Celso. Foi incrivelmente belo!

E por fim, outras três foram as apresentações do Folias, Galpão e XPTO que não de maneira meno bela, fizeram suas apresentações, deixando-me numa semana cheia de encanto e inspiração.

Fica aí o meu parabéns e muita obrigada pela excelente semana oferecida pela Secretaria da Cultura de Araraquara.



Abraços.



Fernanda Pereira

quinta-feira, 19 de junho de 2008


Olha eu vou te contar, às vezes conhecemos pessoas na vida que são para mexer mesmo e tudo parece que pensado sutilmente por alguém X, que adora brincar com o nosso destino. Depois de retomar contato com um grande amigo-parceiro-companheiro-desejo sexual de infância- amor platônico- baiano retado, enfim, sou arrebatada com um lindíssimo texto ("saudades das paulistas") lançado no blog dele, e produzido por ele é claro, em homenagem a mim e ao meu duplo (como chamam a minha linda irmã gemela, Flá).


E eu sei o que eu passei (sabe aquela coisa? "Só eu sei as esquinas por que passei, só eu sei...") como foi difícil deixar a minha cidade e parte da minha família e amigos para essa louca empreitada de meu pai, mas esse carinha chamado Moisés facilitou e muito toda essa passagem, que eu lembro como um mix de pavor e ensinamento. Enfim...


Moi, meu amor, vem me visitar, agora estou no interior, aqui só se perde meio ano de vida, se não morrer de tédio antes. rsrs

Fer Pereira.



Segue aí essa obra de arte:


Saudades das paulistas

Gente, hoje quero falar de um dos sentimentos que me moveram a escrever o blog. Quando me vi adulto, sem ter a deliciosa “desculpa” de que estou estudando, me formando, buscando meu futuro, comecei a sentir muita saudade. Não saudosismo, mas saudade. Falta de pessoas queridas, de tempo, de assistir TV à tarde. Muita falta!

Saudade pra mim é isso: uma falta presente. Não é ausência, mas uma falta que lateja na cabeça. E a falta que sinto dos meus amigos é uma coisa constante na vida. Esse post é uma homenagem a algumas amigas e alguns amigos que não estão por perto de mim ou que, pelo menos, não estão tão perto como eu gostaria.

Vou falar de duas especificamente. Elas são irmãs gêmeas. Paulistas. Lindas. Chegaram na minha vida no meio da minha adolescência, onde eu era nada. Nada mesmo. Aliás, a adolescência é o limbo do ser humano, né? Crianças são fofas, adultos são adultos, velhinhos são lindos e adolescentes são o limbo.

Eu tenho origem paulista, afinal minha mãe é de lá, mas nunca curti aquele povo maluco. Correndo o tempo todo e, no fundo, devia haver algum tipo de complexo por eu ser baiano e eles (os paulistas) serem cruéis conosco. Claro que não são todos, viu! Generalizações não fazem meu perfil.

Elas me arrebataram. Eram lindas, companheiras, sensíveis, inteligentíssimas. Desde aquela época eu achava inteligência afrodisíaca. Eu era apaixonado por elas. Uma mais calma, mais ponderada! A outra era um vulcão, impulsiva, acalorada. Nada sexual, mas carinho mesmo! Vontade de estar por perto, de dividir coisas.

Eram mais jovens que eu, o que poderia tê-las colocado na categoria "gurias paulistas". Eu era péssimo naquela época: preconceituoso, chato, meio metido até (talvez ainda seja isso, né). Elas eram um frescor pra mim, principalmente no local onde eu morava. Nunca me senti aceito lá e nunca aceitei o fato de viver lá, coisa que todo adolescente sente, né! Nada de dramas, hein!

Elas tinham uma história familiar bonita, meio épica. Vieram de carro de Sampa pra cá, com uma trupe de irmãos e irmãs. Tipo “Pequena Miss Sunshine”, sabe?

Para vocês terem idéia do quanto elas foram importantes: são as únicas quatro pessoas (excluindo minha mãe) para quem eu mostrei todas as minhas poesias. Gente, todo adolescente escreve poesias, né? Ou faz voto de silêncio ou tenta se matar, aquelas coisas!

Cultas, gostavam de arte, de poesia, de teatro e eram entendidas também da cultura pop. Me apresentaram algumas bandas de rock, que na minha vida provinciana nunca tinham tido espaço. Eu gosto de Madonna por causa delas.

Depois de um tempo elas voltaram para a paulicéia desvairada e eu fiquei aqui, na cidade dos sobrados! Desde então eu sinto muita saudade! Eu nunca pensei em mudar de Salvador, nem visitar São Paulo, mas por elas iria pra lá! Mesmo que fosse numa visita, só para encher o pulmão de gás carbônico e perder uns dois anos de vida!

Esse post é pra dizer que morro de saudades delas e de um monte de outras pessoas que passaram e marcaram minha vida.

Tem também Jú Corbal, Najara, Eli, Leila, Bruno Maiky, Bibi, Léo, Daniel (Astro), Camila, Aline, Duda, Júnior. Um monte de gente que não vejo ou falo todo dia, mas que me faz uma falta danada.

Beijo, Para Flá e Fê! Beijos para Fran e Fabi também (elas devem estar lindas, né?!)


Moisés Brito

quarta-feira, 18 de junho de 2008


Continuando na minha saga em prol à cultura, neste fim de semana inicia a semana "Luiz Antônio Martinez Corrêa" que eu acho que se tem um bom motivo para se morar em Araraquara é devido a essa semana (rs!). Uma semana inteira dedicada às artes, principalmente ao teatro, já que faz homenagem ao Martinez que foi um grande dramaturgo.

Eu curtirei algumas coisas como uma montagem da Cia Armazén do Rio para "Toda mudez será castigada" e na abertura teremos uma homenagem ao Deus Dioniso (opa, esse promete hem!). Se valer a pena, realmente a semana for muito boa, eu posto alguma coisa, só para ficaram com água na boca, pois realmente o meu tempo está super escasso para escrever e tals.


Beijos


Fer Pereira

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Jornaleiros Noveleiros


A vida íntima ganha cada vez mais espaço na mídia, nos questionamentos, nas relações políticas, afetivas ou inimigas. A novela vence. Toda e qualquer informação procura saber as características, os gostos, as qualidades, os defeitos, os prazeres, os desprazeres, amores passados e futuros, as histórias individuais de algum indivíduo que perdido no meio de um coletivo é intimado e sorteado para ser a cobaia da vez, a cobaia da novela das 8, do globo, da folha, do estadão, de qualquer um desses jornaleiros noveleiros que estão espalhados a milhares debatendo-se por ai.
Quem irá querer saber as raízes da história? As causas? As conseqüências? O motivo? O desmotivo?
O rapa teve mais uma ação no Vale do Anhangabaú! Limpou as ruas da sujeira humana!
Ele age na limpeza das ruas da cidade? Desde quando?

Por que? Pra que? Pra quem? Pra onde?
Jogaram água nas pessoas e levaram seus cobertores? E ainda era uma noite de inverno?
Por que? Pra que? Pra quem? Pra onde?
Para tirá-las da vista! Das esquinas! Do olho! Do nariz! Do corpo! Dos pontos! Do nosso incomodo!

Por que?



Fernanda Oliveira

terça-feira, 3 de junho de 2008

Hoje em dia a pizza vem congelada, a roupa lava sozinha, o Mc Donalds entrega em casa, e o filme não precisa mais rebombinar. Ninguém abre a Barsa pra fazer um trabalho, cada um tem seu celular, e é tudo tão cômodo que a gente até se esqueceu que nem sempre foi assim. A tecnologia nos deu um mundo novo: mais rápido, mais fácil e, antes de mais nada, passageiro. O hotmail rasga automaticamente as minhas cartas, as fotos somem sempre que o computador estraga, todo mês a Motorola lança quatro ou cinco modelos diferentes de celulares. Estranho? Claro que não. Já estamos tão acostumados que mal percebemos a insolidez e instantaneidade das coisas. E não é à toa. Nos vestimos assim, comemos assim, e o mais triste: nossos relacionamentos também são assim. A minha geração inventou o 'ficar' e admite tranquilamente sexo sem compromisso. Diferente da minha mãe, eu não preciso namorar pra beijar na boca, nem casar pra deixar de ser virgem e, se aos 16 eu me sentia em vantagem, hoje eu começo a admirar aqueles tempos. Para onde foi o romantismo, o amor verdadeiro, as flores, as declarações? O que aconteceu com a intimidade, com o respeito e a confiança? Será que ninguém mais acredita na felicidade calma das terças feiras chuvosas, na alegria constante de se querer quem se tem? A verdade é que eu cansei dessas competições infames de 'quem demora mais pra responder o telefonema', chega desse teatro infantil do 'vou fingir que eu não vi'. O amor é um jogo esquisito, em que só se ganha quando dá empate. Não quero sair por cima, muito menos sair por baixo, o que eu quero é sair ao lado; e de mãozinha dada, se for possível. O consumismo nos induz a um estado de insatisfação permanente, que aplaude o digital e o descartável e abomina tudo o que é eterno e trabalhoso. Talvez seja por isso que a idéia de amar assuste tanto: a concepção de um sentimento duradouro e complicado contraria os valores vigentes, tornando-nos confusos e vulneráveis. É fácil conquistar uma menina por uma noite, é fácil ser atraído por um decote, difícil é querer estar com ela o tempo todo, difícil é não ter medo de ser feliz! Eu posso parecer atrasada e até meio cafona, simplesmente não tenho outra opção. Enquanto a internet não disponibiliza uma versão melhor, eu fico com esse meu coração de sempre, que já não acredita em romances express, nem se contenta com amostras grátis de amor.


oh triste realidade...o bom é saber que eu fiz trabalhos de escola consultando a Barsa...

Texto recebido no e-mail pela titia Rose.
autoria anônima.