A abertura do banco no interior araraquarense é às 11h. Estava lá às 10h56min., cerca de cinco mil pessoas já na fila apenas para entrar, para passar pela nossa maravilhosa porta de detector de metais! Pois bem, respira fundo e espera do lado de fora, quando a fila diminuir, entra. Cinco mil pessoas esperando para entrar e a porta de detector de metais, um pouco mal humorada, decide bloquear a entrada de pelo menos duas mil (sendo mais da metade negras e/ou caboclas). Pois bem, respira fundo, pessoas saem da fila, depositam o seu “metal” e passam. Calma, mais alguns minutos... quinze minutos depois, coragem para encarar a fila. Encaro. Entro sem problemas com os meus metais.
Como é a minha primeira vez na agência e ela, como podemos dizer, não está tão bem sinalizada, vou subindo as escadas sem saber qual é o andar dos caixas e sem a menor coragem de encarar uma fila de três mil pessoas para o elevador. Lá vou eu: sobe a escada. Terceiro andar. Acho que não. Desce de novo, olha, melhor. Sim, o segundo andar. Como não é de se estranhar mais duas mil e quinhentas pessoas na fila dos caixas. Pois bem, respira fundo. Encara a fila. Encaro, afinal é só trocar um cheque para pagar meu lindo aluguel. Mais vinte minutos, sendo três ou quatro embaixo da ventilação de três graus abaixo de zero Celsius do ar-condicionado. Pois bem, respira fundo, está chegando. Chegou. Cheque, carteira de trabalho, o protocolo do RG perdido não vale...pois bem, paciência, respira fundo. Olhada, assinatura, assinatura do patrão e da empresa não identificados. Mais dez minutos de espera. Pois bem, respira fundo, paciência, vamos lá, ainda é só segunda–feira. Ok. Tudo certo. Tchau. Muito obrigada. Desculpe a demora. Ai ai... cheque trocado. Alívio e eu pergunto: para que odiar o banco?