Colaboradores

quinta-feira, 26 de julho de 2007















Escolha


Agora já foi
Não adianta mais
Desceu
Cedeu
Não quis
Mas agora já foi
Foi
Sem erro
Medo
De meandro
Devagar
Depressa
Mas agora....
Rumo único
Sem volta
Choro ou latido
Meio assim sem querer
E quis
E agora já foi
Não tem solução
Sol
Chuva
Foi...
Leite derramado
Copo quebrado
Mãe chora
Pai lamenta
Criança grita
Coração partido
Contido
Fudido
Mas agora já foi
Sem minuto
Passatempo
Cão ou gato
Balde caído
Mas agora;
Foi...
Flávia Pereira

domingo, 15 de julho de 2007


A xí ca ra

Guarda lembrança, saudade e amargura de vida. Isso era o que diziam, na reunião da minha família, de luto, de um dia. Moisés traga o pó de café! Não dá... Está em grãos. E o que será de minha mãe, era o que falava minha filha. Será viúva, rica e feliz – dizia um infeliz qualquer. O sol já quase se punha e a mesa, na qual deveria acontecer a confraternização, afundava com tantas mãos inquietas. Peguem a xícara do papai – dizia meu menino – ela não pode faltar! É a lembrança. É a saudade e a amargura, completou o irmão. Um corre-corre sem parar de palavras e choros. Eis que chego, o defunto tão esperado para o café. A xícara, minha, cai, das mãos da amada, minha, se despedaça, se desfaz.

Fernanda Oliveira










quinta-feira, 12 de julho de 2007

muros envolvem
o medo
a desesperança
a moralidade
a desigualdade
muitas vidas...

(Fernanda Oliveira)



"As pessoas grandes são muito esquisitas..."
(O Pequeno Princípe)