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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Reescreve na pele: Para cantar e voar um dia

Nasci com a grande magia de ter duas asas
Prontas para me fazerem voar
Ir com o vento
Sobrevoar pequenezas humanas e da natureza

Mas o ser humano, talvez intimidado com este encanto
Ou por sua ignorância, por sua faixa nos olhos e no coração
Fecha-me em grades, sou preso na condição de pássaro
Sem a liberdade que me é essência

Assim minhas asas não batem
Assim não vou com o vento
Sobrevoo apenas em sonho
Em pensamento

Meus gritos são confundidos por canto
Pelos ouvidos acostumados com a prisão
Minhas asas fechadas e seladas com uma pintura
Pelos olhares acostumados com a ilusão

Nasci com o grande crime de não ser um humano
Com asas, com canto
Porém sem forças para arrancar
Grades ou desumanidades

Meu olhar pede outros olhos
Meu choro implora por outros ouvidos
Para que um dia eu cante e voe
Realizando a simples beleza de viver o que sou

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