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quinta-feira, 16 de agosto de 2007

ESTIGMA


Eu poderia acreditar que não foi à toa, nem em vão. Daí então eu correria, te abraçaria e te amaria como você merece que alguém te ame. Buscaria sua verdade nos mais altos altares e andaimes. Não há montanha que eu não escale por você, não há palavra que te defina pra mim, pois você insisti em esconder no olhar o que me faz te procurar e permanecer na incerteza do destino.
Se eu soubesse brincar não levaria tão a sério suas marcas e detalhes, não deitaria mais a cabeça no chão gelado sentindo as lágrimas escorrerem, enquanto busco o sentido de não conseguir me desvencilhar de tudo isso.
Se pudesse mover o chão de giz da vida, não mediria esforços. Cravaria rabiscos eternos que nos uniria e estupidamente provaria que não existem regras suficientes para nos sucumbir de nossas próprias escolhas e nos daria então a nossa real liberdade, que eu busco e você busca.



Flávia Pereira

2 comentários:

Nanda disse...

sentimento gigante
que move o mundo
e ao mesmo tempo
nos congela...




lindo texto flá!!

Anônimo disse...

agora lendo com uma certa distância de tempo e com um olhar mais "letrado" rsrs...percebo que texto lindo vc produziu...