Mas decidiu parar de pensar nisso e continuar a escolher um vestido para a festa de Madalena. Será que ele teria a cara de pau de ir? Afinal, Mada era amiga dela, é certo que se tornaram grandes amigos após o início do relacionamento, depois que ele conheceu Mada, mas não era possivel, ele não chegaria a tanto.
Continuou a olhar com certa distância os seus vestidos, que não eram muitos, tinha jogado fora pelo menos meia duzia deles depois do fim, foram presentes. Sim, dele.
Pendeu a cabeça pro lado como quem ajeita um torcicolo e avistou uma revista de moda. Folheou sem compromisso, quem sabe não surgiria dali alguma ideia, alguma saída...
Foi até o banheiro folheando a revista, seus passos eram lentos e seus pés descalços sentiam o chão frio, mas pareciam não se incomodar, a revista também os distraia.
Abriu a ducha. Esqueceu. Passava pela sua cabeça as fotos das modelos ou seriam as suas? As fotos do Mauro tinham ficado boas, seria um grande passo para a sua carreira. Fechou a ducha e sentiu a sua pele resfriar, sentiu. Gostou de sentir e assim ficou por alguns minutos até o telefone tocar:
- Alô?
- cê vem né?
- Sem dúvida Mada! To aí em meia hora.
-Fechou!
Despediu-se. Colocou o vestido. Escolheu um verde escuro com detalhes em rosa, mas não se esqueceu do lenço preto com uma grande rosa vermelha. O resto deixou para trás, a porta e as escadas, afinal os pés ainda estavam com ela.
Fernanda Pereira
2 comentários:
saudades de você...
da poesia...
dos cantos...
to me sentindo muito distante de ti...
aliás...
lindo texto!!!
quero saber mais
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