Colaboradores

domingo, 27 de maio de 2007

Lembro-me de alguém...

Caminhava até uma cadeira que tinha uma pequena mesa a frente. Sempre de cabeça baixa, sem entender... sem querer entender. Tinha um lápis que em suas mãos pequeninas se tornavam varinhas, escrevia na carteira...na mesa ....no coração...

Tocava-lhe a alma a vida que queria sair, os amigos que queria ter, os animais que queria salvar... Olhar de falta, que queria ser olhar de busca...

Lembro-me de uma árvore...

Caminhava pelos galhos, pela falsa floresta, cheia de vazio, de incertezas...

Comunicando as forças sobrenaturais que com elas queria estar... Dentro das árvores ou enclausurada em alguma pétala...

Lembro-me dos “amigos”...

Havia nada, quando cansados do brinquedo, desgastado ou machucado, que já não servia mais, iluminava-me mais palavras, mais poesias que refletiam a ausência, a angústia de não ter...

Lembro-me dos falsos mestres...

Angustiava-me a falta de educação, e meu desejo de sair dali...

Como podiam fingir?

Como podiam perder a esperança de transformar seus alunos em lunos?!!

Frases rústicas saiam, e suas desesperanças nos entrelaçavam, nos arruinavam...

Não há palavras para exprimir tamanho desgosto...

Estando à frente de um lago imaginário, inerente em minha mente, vejo um reflexo que trás essas lembranças insoníferas...

Fernanda de Oliveira

Um comentário:

Anônimo disse...

Cristo rei!